Voltei há 3 semanas e ainda consigo fechar os olhos e enxergar tudo na retina da memória.
Consigo ouvir os sons e sentir os perfumes. Às vezes o vento era tão forte que as imensas árvores sob minha janela pareciam oferecer seus galhos e suas folhas para que o tronco permanecesse inteiro… e nenhum galho foi arrancado. Lembrava a cada instante dos ditados eternos sobre vergar para não quebrar.. e ainda duvidava, pelas fortes ventanias em dias de tempestade, que isso seria possível. Passadas as chuvaradas eu olhava para a grama e não havia nenhum galho pra me fazer crer que era a minha descrença quem falava mais alto do que a sabedoria da vida…
Pensei em tornar-me mais flexível em tantas coisas nas quais a rigidez me arrancara por tantas vezes momentos e situações, que poderiam ter sido tão melhores. Claro que eu sei disso há tanto tempo. E quantas vezes repeti a mim mesma: “Do you want to be right or do you want to be happy”? (“Você quer ter razão, ou quer ser feliz?”). Muitas vezes escolhi ser feliz. E outras, teimei em ter razão… tsc, tsc.
Algumas coincidências (não acredito em coincidências..) nessa viagem me fizeram entender que quando estamos em absoluta comunhão com a Paz, com espírito livre e dando permissão às dicas que a vida nos dá, a nossa percepção aumenta em negrito. E nos autoriza a captar os ensinamentos dos caminhos das boas coisas.
Um dia, parei o carro, e atravessando o jardim, notei que a roseira de rosas vermelhas e brancas, havia florido repentinamente, colorindo a parede murada da entrada com suas pinceladas de vermelho. Pensei em colher algumas delas para colocar no único vasinho da casa, entrando direto para a cozinha buscando a tesoura. No caminho em direção à porta da casa, passei pela mesa de centro, olhei, e deparei-me com um vasinho minúsculo, e várias rosas vermelhas e brancas, e um bilhete da Patrizia… No borgo havia uma arrumadeira que a cada 3 dias trocava os lençóis e toalhas da casa. Naquele dia cedo, eu havia deixado num pratinho em cima da mesa da sala de jantar, uma fatia do meu Bolo de Gianduia (uma espécie de “upgrade” do meu Bolo de Nutella aqui do Blog), e um bilhete dizendo que gostaria que ela experimentasse. Ela, querendo retribuir, desceu e colheu as mesmas rosas que eu queria colher quando voltei pra casa… deixou um bilhete agradecendo e dizendo que o bolo estava “delizioso”, e que ela deixou as rosas para mim, em retribuição…
Fiquei impressionada. Porque podiam ter sido outras flores, podia ter sido só um bilhete, mas foram as rosas que eu estava indo prontamente cortar do jardim.
Acredito que a Paz que eu mesma sintonizei era tão grande, que comungava as energias boas com todos em minha volta. Pensativa, fui à geladeira, coloquei um vinho na taça e fui sentar na mureta lá fora, sorvendo os goles, a brisa, e as paisagens dos jardins e das colinas, como quem bebe goles de serenidade. Fiquei um pouquinho mais sábia.
Havia dias que eu queria abraçar aquela paisagem. Naqueles em que se eu não estava viajando num bate-volta às cidades por perto, eu subia para Cortona, a 3 minutos dali, e estacionava num dos mirantes, saía do carro, somente para apreciar aquela pintura de óleo sobre tela, que avistava até o Lago Trasímeno, cerca de 20 km dali.
Por que nosso cérebro não nasceu com uma câmera não é? Sim, tirei uma foto com o celular, que guardo como ouro. Mas queria que dentro de mim ela jamais se tornasse um borrão verde. Quero cada árvore, cada campo, cada cipreste, em cores vivas e nítidas.
Assim fazia quando nas estradinhas vicinais, eu avistava uma paisagem possível de fotografar ou apreciar, e entrava levemente com o carro num portão qualquer, atravessando a estradinha e fechando meus ouvidos para tudo no mundo que não fossem aqueles sons da natureza.
Que maravilha poder fazer isso. Voltava ao carro renovada (até para conseguir ficar bem esperta para aquele povo italiano maluco nas estradas, que voam e grudam nas traseiras dos carros, e eu tratava de voltar à realidade, até chegar no destino…)
A única cidade que não fui de carro foi Firenze. Apesar de eu já conhecer bem, queria voltar pra relembrar as outras vezes ali. Mas estacionamento pra carros lá é muito confuso. Preferi sair da minúscula estação de Camucia, viajar de trem 1 hora e 20 e chegar em Firenze tranquila. E assim foi.
Olhei Firenze desta vez de um jeito diferente. Mais maduro e de forasteira. Porque não estava hospedada na cidade, como das outras vezes. Perambulei, caminhei sob um sol escaldante, diferente dos lados toscanos frios que eu estava. “Passei a vista” nos lugares que gosto, e sentei num daquelas trattoria pequenas, numa mesa externa, com toalha de linho, garçom simpático e Chianti frutado. Calmamente devorei metade da cesta de pães com azeite, e pedi costeletas de cordeiro com fiori di zucca empanada e delicada. Uma panna cotta cremosa (já viram minha panna cotta no blog?) e cheia de frutas vermelhas escorrendo, e feliz da vida, passeei mais um pouco, até um daqueles vendedores ambulantes de bandejas tipicas fiorentinas. Faço coleção delas, e na minha cozinha elas tem uma moradia especial. Quando me mudei mandei fazer um apoio na parede para minhas bandejas, como se fosse uma “varanda”, onde todas elas podem ficar me olhando cozinhar e fazer meus doces. Uso todas. Qualquer dia mostro isso num post : )
Eu adoro voltar a cidades que visito só de vez em quando, e lembrar – não como a CIDADE era das outras vezes (até porque Firenze com certeza não mudou nada né? Risos….) mas como EU era antes. E como sou agora. Como me sentia, o que eu fazia, quem eram meus amigos, do que eu gostava, em que eu acreditava, enfim. É um olhar a mim mesma através dos lugares que estive antes.
Se é que eu posso tirar uma conclusão apenas dessa viagem à Toscana, já que são tantas as impressões que ficaram em mim, posso garantir que a maior delas – é que eu fui viver a vida de perto – e ver minha vida de longe. E certamente voltei com a certeza de quem, o que merece minha atenção e meu foco. E meu tempo. E meu sorriso. E minha preocupação.
Esta viagem foi por demais especial, porque mesmo viajando desde criança, nunca permaneci tanto tempo numa cidade só, e com uma casa onde eu entrei já achando que era minha amiga íntima desde sempre.
Sabem o que sinto? Que cada pessoa que ficar naquela casa sentirá uma energia melhor, de vida que flui, de possibilidades, de olhar diferente às mais simples coisas.
Porque assim como trouxe comigo uma pequena parte gostosa da Toscana – sei que ficou um centímetro d’alma minha por lá <3
——————-
O Tiramisù
Comprei tantos ingredientes e comidinhas que a geladeira estava repleta. Tão repleta que não consegui dar conta de consumir tudo, e com dor no coração, deixei para atrás garrafas de vinho abertas, queijos pela metade, legumes, e uma quantidade de pacotes de açúcar, farinha “00”, polenta, etc, etc, na despensa.
Havia comprado o mascarpone já pensando em fazer o tiramisù mas não deu tempo. Então fiz o que pude, e trouxe-o comigo para o Brasil.
Pote fechado, e bem guardado na geladeira, há alguns dias fiz um jantarzinho familiar em casa, e preparei alguns tiramisùs (tem plural isso? ….) em porções individuais.
Preciso dizer algumas coisas: que há várias receitas, e escolhi (na verdade, criei) uma que não levasse gemas. Sim, no creme apenas o mascarpone, chantilly e açúcar de confeiteiro + baunilha.E fiz um pequenino pão-de-ló (menor do que o da receita abaixo), pois éramos poucos. Fiz apenas 4 individuais. Sobrou sim, o creme, que no dia seguinte comi de colher (!…)
A receita original do tiramisù, sobremesa italiana, que eu considero ser de Treviso (a cidade dos meus antepassados, inclusive), região do Veneto, tem também possibilidade de ser criado em Firenze (Florença), na Toscana. Enfim, como não há um consenso absoluto de sua origem, sigo deliciando-me com sua delicadeza de textura, e basta ; )
Hoje em dia, claro, é bem mais prático e mais comum fazer o tiramisù com “biscoito tipo champagne”, o que é ok também. Eu prefiro o pão-de-ló, que além de ser caseiro, é mais macio e delicado. (você pode também comprar um pão-de-ló no supermercado).
Quanto ao mascarpone italiano, reconheço que no Brasil é muito caro, pelo menos em relação ao que custa na Itália. No entanto há boas marcas nacionais e com resultado ótimo!
Para cerca de 6 porções:
Ingredientes:
do pão-de-ló:
– 3 ovos (em temperatura ambiente)
– 1/3 de xícara de açúcar
– ½ xícara de farinha de trigo peneirada
– 1/8 de colher-medida (de chá) de fermento em pó
– 1/8 de colher-medida (de chá) de sal
– ¼ xícara de manteiga ou margarina derretida
– 1/2 colher (chá) de baunilha
do creme de mascarpone:
– 1 embalagem de 250 grs de mascarpone
– 350 ml de creme de leite fresco
– ½ xícara de açúcar de confeiteiro
– 1 colher (chá) de baunilha
– pitada de sal
da calda de café:
(dependendo da sua montagem, poderá usar um pouco menos, ou um pouco mais. Não quantidade exata para a calda).
– 2/3 de xícara de café
– 3 colheres (sopa) de rum, marsala ou licor de café
– 3 colheres (chá) de açúcar
Para decoração:
– Cacau ou chocolate em pó
– Morangos (opcional)
– Doce de leite (opcional)
Preparo:
do pão-de-ló:
Pré-aqueça o forno em 170°C.
Unte e forre uma assadeira retangular de cerca de 28 x 20 cm com papel-manteiga.
Unte novamente e enfarinhe. Reserve.
Coloque a manteiga numa tigelinha e derreta no microondas por 20 segundos. Reserve.
Peneire os ingredientes secos. Reserve.
Na tigela da batedeira coloque os ovos e o açúcar. Bata uns 7 minutos, até formar um creme aerado, claro e fofo.
À mão, mexa delicadamente com uma colher de cabo comprido ou espátula de silicone, acrescentando os ingredientes secos, peneirados. Mexa apenas até incorporar. Acrescente a baunilha.
Em seguida, vá adicionando a manteiga derretida, em fio, sem parar de mexer (à mão), deixando a manteiga escorrer pela beirada da tigela da batedeira, e não diretamente no meio da massa ( A finalidade é não deixar a manteiga ir diretamente para o fundo da tigela, o que acaba pesando na massa e retira o ar – que é o que deixa o pão-de-ló ser leve e aerado).
Despeje a massa na assadeira preparada, e leve ao forno pré-aquecido por cerca de 20/30 minutos. Depende muito do forno. Portanto, fique de olho e teste com um palito a partir de 20 minutos. Se sair seco, está pronto.
do creme de mascarpone:
Bata o creme de leite em ponto de chantilly. Reserve.
Bata o mascarpone apenas até misturar com o açúcar e a baunilha.
Acrescente o chantilly batido, e com uma espátula, incorpore bem os dois. Reserve.
da calda:
Numa tigelinha ou jarrinha, misture todos os ingredientes. Reserve.
Montagem:
Desenforme o pão-de-ló numa assadeira. Corte em 3 pedaços. E cada pedaço, fatie uma vez. Ficarão 6 “placas” de pão-de-ló.
Para as sobremesas individuais (como nas fotos):
– Com cortadores de cerca de 7 cm de diâmetro, vá cortando o bolo, e colocando num prato grande. Ou corte em quadrados, mais ou menos desse tamanho, com a faca, se preferir. Deve sobrar um pouco de pão-de-ló. Guarde num recipiente fechado e sirva com sorvete, no café, etc.
Para uma travessa grande:
– Como já existem 6 placas, é só ir montando dentro de uma travessa retangular. Talvez sobre pão-de-ló. Guarde num recipiente fechado e sirva com sorvete, no café, etc.
Para os individuais, numa travessa de servir, posicione os pedaços de pão-de-ló cortados. Regue-os com um pouquinho da calda de café. Por cima espalhe um pouco do creme (ou utilize o bico de confeitar, como fiz).Repita essa operação com mais uma camada. Guarde na geladeira, e no momento de servir, peneire por cima, cacau ou chocolate em pó.
OU para a travessa grande, monte como se fosse um pavê (mas não use todo o pão de ló, que provavelmente será a mais do que o necessário. Eu não digo para fazer uma receita ainda menor, porque não compensa o trabalho e o gasto do forno.) No momento de servir, polvilhe cacau em pó.
– Se usar biscoitos tipo champagne: A montagem é da mesma forma que o tiramisù grande; só que com o biscoito. No caso da montagem individual, com o biscoito, melhor fazer dentro de taças.
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Sobre a Autora
Na paixão da infância pelos doces que minha avó fazia, eu a ajudava. Adolescente, já fazia todas as sobremesas dos jantares e festas da casa. Em seguida, surgiu em mim a "Artesã dos chocolates"... e acho que serei isso em todas as vidas futuras...
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Que delícia de viagem, Lena. Amei o seu texto. Me transportei para a Toscana…E aguei com esse Tiramisù no final. Combinação mais que perfeita: comida e viagem.
Um beijo carinhoso :*
Oi Rapha!
Obrigada viu?
Você sabe o quanto é mágico viajar.
Qunto ao tiramisù, é só fazer quando tiver um tempinho ; )
Beijo
Nossa, Fada, como está rico esse post!
Li como se estivesse presenciando cada um dos momentos, sentindo a brisa da toscana, e juro, sentindo os cheiros do verde e do tiramissu! Essa viagem lhe fez realmente muito bem! Suas palavras ficaram ainda mais generosamente doces!
E a receita? Chiqueterrima e simples ao mesmo tempo! Sem contar, como eu já te disse uma vez, que é a sobremesa que sempre vai me fazer lembrar de você! ♥
Um brinde às fadas e à toscana!
Manuzita!
Brigada minha flor!
Simples mesmo viu? Ainda mais se fizer com biscoito champagne.
E por favor, vem logo pra Sampa que vou te fazer um desses aqui, mais os brigadeiros (tá aumentando a lista) ; P
Beijo
nem me faleeeee
eu tô me organizando aqui pra ir! Acho que vou com meu irmão, quando ele estiver voltando das férias pra São Carlos!
Oba Manuzita!!
Lena, Lena…………
Emoção pura no texto, tiramisù de babar…
Como você é completa!
Um grande abraço viu?
Celeste,
Que lindo isso!
Muito obrigada e outro grande abraço!
Só uma pessoa com capricho, sensibilidade e o dom da escrita poderia unir tudo isso à beleza. Seu blog é seu espelho. Parabéns mais uma vez!
Beijos
Obrigada Maria Paula..
Palavras lindas.
Beijos
Lena…….
Que lugar lindo, mágico!
Consegui viajra com teu texto, maravilhoso, dá muuuita vontade de ir!
bjão e não pára de escrever por favor!!!!
Dani,
Ah… que bom saber disso : )
Muito obrigada pelo carinho e incentivo!!
Beijo e bem-vinda!
Lena querida, que post delicioso!
Autoconhecimento – e muitas vezes auto-descobrimento – é das coisas mais importantes da vida.
Saber-se, conhecer-se, amar-se , do jeitinho que é. E foi tudo isso que eu vi em cada palavra tua: um equilíbrio, uma paz e várias certezas.
Obrigada por compartilhar!
E lá vou eu em busca do Mascarpone perdido em Ctba! Pq, confesso, amo Tiramissú e me deu água na boca.
Bjo
Cris,
Suas palavras são sempre um carinho imensurável! E o que me deixa mais feliz é saber que existem pessoas como você, plenas e que valem a pena! E tengo certeza que em Ctba você encontra mascarpone!
Grande beijo
Ôi Helena
Queria lhe dizer que tive acesso ao seu blog e não conseguia parar de ler.
E quero felicitá-la pelo seu excelente blog e trabalho.
Dicas e truques revelados com saber e profissionalismo, indiscutivelmente fruto de muita experiencia e, certamente de alguns reveses, sem receios, sem egoismos, sem “esconder informação” (coisa raríssima de ver hoje em dia).
Uma didática perfeita, um texto simples, leve e claro, sem “frescuras”, acompanhada de fotos elucidativas, denotando brio e bom gosto, sempre com um “apontamento” simpático, ora de uma flor, ora de um talher ou das belas porcelanas pintadas pela sua mãe.
Gostaria de a felicitar pelo seu trabalho, pelo seu saber, pela graciosidade do seu texto e pelo seu fabuloso bom “astral”, sem deixar de referir as respostas prontas e simpáticas a todos os comentários.
Vi a sua receita de brigadeiros, que é muito idêntica à minha mas com o acréscimo do creme de leite. Valeu a dica e vou já experimentar, para ficarem mais macios e não açucararem tão rápido. E também acho que o sal é fundamental… (eu também sempre uso! Sal nos doces e doce em alguns salgados, como fazia a minha querida sogra).
Eu utilizo leite condensado Nestlé em lata de 1 Kg. Presumo que na suas receitas você se refira às latas comuns que se compram no supermercado, de 397g.
A sua receita de “biscuit” que você diz os americanos consumirem muito, parece ser a mesma que os ingleses chamam de “SCONES”, que também é servido com manteiga e doce de morango, para acompanhar o chá.
São uma delicia. Com uma boa compota de morango e manteiga, ou com o clotted cream (uma gostosa “bomba calórica”, género de creme de leite mais espesso), como fazem na Cornualha – Sudoeste do Reino Unido.
E por falar em chá, se aprecia esta bebida, como parece, recomendo-lhe vivamente que prove o chá da Gorreana. O Orange Pekoe, muito aromático e saboroso ou o chá verde. É um chá produzido nos Açores, na ilha de S. Miguel, sem agrotóxicos, de excepcional qualidade.
Sou português, moro em Lisboa e à falta do buttermilk tenho utilizado o leite para os scones, mas vou testar também com a receita de buttermilk, que você gentilmente ensinou.
Agora, uma dúvida. Presumo que devo usar todo o líquido mais a parte sólida…!? Ou utilizo apenas o soro, sem a parte sólida?
Vou-lhe dar também uma pequena dica, que uso nos “scones” que faço.
A minha receita e modo de fazer também são muito semelhantes à sua. Mas, para pincelar os Scones antes de assar, uso uma gema diluída num pouco de leite, à qual junto um pouco das sementes de uma vagem de baunilha. As restantes junto à massa, com mais uma colher de café rasa de açúcar baunilhado.
Assim, ficam douradinhos e as sementes de baunilha dão-lhe um visual, aroma e graça acrescidos.
Helena, não quero estender o meu texto.
Renovo as felicitações e agradeço as dicas.
Irei seguindo o seu blog e irei dando também dicas e trocando informaçõe que eu ache relevantes e que eventualmente possam interessar-lhe.
Depois de tudo, não pude deixar de pensar para comigo…
Esta moça caiu do Céu…!
Então…,
Só pode ser um ANJO…!?
Não leve a mal esta brincadeira que não pude calar, pelo fato de ter ficado tão impressionado.
Continuação do seu merecido sucesso.
Seguirei o seu blog estarei em contacto.
Maravilhosa esta sua temporada na Toscana…!!!
Cumprimentos,
Ruy Santos
Ruy
Que imensa alegria receber o seu comentário!!
Vejo nesses momentos q nada q faço é em vão e q existem muitas pessoas que apreciam o mesmo q eu e me incentivam a continuar.
Todas as suas considerações de como faz seus doces e eu adorei a dica sa baunilha! Vou adorar no meu próximo paozinho doce inclusive!!
Sabe que não conheço ainda Portugal e amo doces com gemas porém por causa do colesterol evito fazer e comer por isso ainda não fiz post de nenhum. Mas farei.
Muito obrigada mesmo pela visita, pelo caringo e pelo comentário!
Seja bem-vindo e por favor volte sempre porque adoro os papos e as visitas ; )
Beijo
Ôi, Helena,
Esqueci de dizer, embora seguramente você deva ter conhecimento. (e pode ser útil a quem desconheça)
A vagem de baunilha deve ser macia e é cortada longitudinalmente só num dos lados e raspam-se com a ponta da faca as sementes, que parecem um pózinho escuro.
E, claro que não jogo fora as vagens… Vou-as colocando dentro de um frasco de açúcar cristal comum, que passado algum tempo fica com um delicioso aroma de baunilha e pode ser usado como açúcar baunilhado.
E, sei que você ainda não conhece Portugal, mas vou-te dizer, Helena, você nem imagina o que está perdendo…!
E então os doces de ovos…! Ahhhh, os doces de ovos… (também sou completamente alucinado).
E a gastronomia…, e o vinhos…, nem te conto…!
E não se preocupe demasiado com o colesterol, que foi noticiado recentemente ter sido uma grande armação entre laboratórios e farmacêuticas só para vender remédios (o mundo anda virado do avesso)
Quando você decidir vir, me avise, pois lhe darei muitas dicas.
E obrigado pelo seu convite…; )
Beijo
Ruy
Ruy,
Obrigada pelas gentilezas todas!
Sim, eu sou uma aficionada por baunilha em fava e até tenho um post no qual explico com fotyo, como extrair dela sua parte interna. Delícia não é?
Tenho um vidro de açúcar no qual deposito as vagens depois de secas, para aromatizar. Depois uso em meus doces : )
E quem dera que essas notícias sobre o colesterol em gemas fosse mesmo verdade…
Amo de paixão aqueles doces…
Beijo e sempre bem-vindo!
Lindo post Lena! Foi um prazer curtir a leitura e as fotos. Bjs 🙂
Que bom Lu! Sua visita é sempre uma alegria ; )
Beijão
Lena
Adorei seu texto!! ! Nos faz parar e refletir sobre o que é importante de fato em nossa vida , mas marcou- me esse pedaço : ” – é que eu fui viver a vida de perto – e ver minha vida de longe.” Parabéns pelos textos e pelas receitas ( sempre dou uma sapeada por aqui).
Um abraço fraterno
Vilma
Lena,
mais uma receita espetacular e cheia da sua generosidade sem limites.
Beijo imenso
Karla,
Que bom que gostou!
Vamos continuar ; )
Beijos
Lena,
coisa mais rica os comentários do Ruy, que parece ser uma pessoa muito fofa e tão generoso quanto você.
Bjs
Karlinha,
Né? Achei-o de uma gentileza extremada!!
Beijão e Boa mês pra vcs!!
Boa noite Lena, vc realmente é uma poeta. Seu blog é uma homenagem aos sentidos. Parabéns.
Bj
Celeste
Obrigada Celeste!
Que lindo ler isso : )
Beijo
Não tenho palavras pra descrever a magia da sua forma de escrever e apresentar suas receitas,a gente come com os olhos e fica encantada com tudo!
Suas receitas são simplesmente transformadas em viagens de sonho!
Parabéns pelo seu trabalho!bjs
Debora
Que delícia de comentário!!!
Fico tão feliz quando alguém sente isso, porque é exatamente o que tento me expressar.
E se os posts são caprichados, é porque quem me dá o prazer de vir até aqui, merece todo o meu carinho.
Beijo e venha sempre!
Lindo texto, Lena. Me emocionei.. Quem sabe um dia farei uma viagem assim, uma viagem para refletir e apreciar lindas paisagens, boa comida, bons vinhos, sem pressa… O tiramissu entrou na lista de próximas sobremesas! Um abraço
Adriana,
Que bom que vc gostou… acho que consegui passar uma pequena parte de tudo que lá senti e vivi.
Quando tiver a mesma oportunidade, não deixe de curtir desde as pequenas coisas!
E venha sempre aqui; adoro!!!!!
Beijo!
Lena, que delícia tudo isto! Viagem fantástica, pedacinho do céu na Terra, história prá contar e eu aqui babando em suas receitas e seus textos como sempre. É um vício. Vício bom.
Simpático o Ruy. Adorei seu comentário.
A propósito, Lena, recebi a pectina, prá fazer a geleia, só que estou no serviço e me esqueci a marca dela. É uma caixinha parecida com caixinha de gelatina. Espero ansiosa pela receita da sua geleia, a medida de pectina que é utilizada, rsrsrs.
Bjim, minha querida. Obrigada.
Marisa,
Querida, eu não deverei postar receita de geleia, pois essa pectina é muito difícil de achar e as pessoas não terão. Acabarei tendo que dar tanta explicação que não tem como.
Não lembro se a pectina sua é a americana q uso, ou uma nacional que é fabricada no Rio Grande do SUl? Enfim, é mais ou menos 1 pacote de pectina em pó para cada 350 grs de morango e a mesma quantidade de açúcar (no caso, 350 grs). Coloca o açúcar e o morango numa panela, deixa ferver até a calda engrossar um pouco mas os morangos estarem inteiros. Retire a espuma q forma. EM seguida, acrescente a pectina, mexa cuidadosamente com uma espádula, e continue retirando a espuma. Não sei te dizer os minutos q ainda ferve; o melhor é fazer o “teste do pires”. Deixe um pires no freezer e vá experimentando o ponto da geleia com colher de chá. Gosto que a parte líquida fique firme. Aì, é colocar nos vidros imediatamente.
Beijo!
Lena, obrigada pela receita.
A pectina que eu tenho é americana, encomendei a uma amiga que mora lá.
Assim que fizer darei retorno.
Bjim
Descobri o seu blog ha pouco tempo e amei, fui lendo, lendo, lendo ate chegar ao fim (ou ao começo de tudo). Já tinha ficado maravilhada com suas receitas, suas fotos, e seus impecáveis jogos de chá.
Dá prá perceber que você faz tudo com muito amor e dedicação. Agora lendo seu relato sobre sua viagem, fiquei imaginando que pessoa doce e artística você é, tem arte em tudo o que você faz…
Obrigada por compartilhar conosco tudo isso.
Um beijo
Valerie,
Dei um largo sorriso agora, lendo suas palavras lindas e gentis : )
QUe delícia ler estas coisas, sabe? São o bálsamo da vida. E manter este blog é mais gostoso quando sei que pessoas como você, apreciam de verdade!
Venha sempre; adoro conversar ; )
Beijão
Fiquei fascinada com as suas descrições dessa viagem… Com os detalhes de tudo! Vc transborda sentimento! Obrigada por compartilhar conosco os seus momentos!
Gabriela,
Que bom que você sentiu assim… é tudo que eu quero!
Beijão!
Sempre que desejo sonhar viajo a Toscana no site de Helena Gasparetto. Lindo!
Hum fiquei com vontade de conhecer toscana, adorei seu post e com certeza suas palavras nos fazem viajar até lá sem se quer sair do lugar.
obrigada por compartilhar um pouquinho desse viagem linda!
Lena,
o texto é tão maravilhoso e sensível que me
emocionei. Meus antepassados são da toscana e tb do veneto (será q somos parentes? rsrs). Em td q vc faz, a gente vê o cuidado nos detalhes, o capricho e a PASSIONE! Parabéns!
Gisele,
Será? Hahaa
Minha família é de Treviso, Veneto
Beijo!
Lena, vc é uma fada mesmo…que fantástico! Toda sua descrição da Toscana…que emoção! Meu marido adora Tiramissu…vou me aventurar a presenteá-lo no dia dos namorados com essa receita maravilhosa! Super bj!
Ahhhh… Que lindo isso Marta!
Beijos
Lena! Vc poderia me indicar uma marca de mascarpone? Quero muito q fique perfeito!!! Te aguardo…e mais uma vez parabéns pelo Blog! Supe rbj!
Marta,
Os melhores são os italianos, mas tb os mais caros.
Dos nacionais, todos são parecidos uns com os outros.
Bjs